O renascimento da democracia.

O renascimento da democracia.

Antes tarde do que nunca (ainda recuperando-me), algumas palavras…

Nem tão poucas, porque senão não seria eu, né… 🤷🏼‍♀️

Uma sequência de anos pavorosos de tempos bem estranhos.

Do golpe do “marreco” na Dilma e cia pra cá, vimos de tudo. Humilhação em cima de humilhação. Um 7×1 todo dia. Tudo na nossa cara, estampado em letras garrafais, as quais até muito cego viu, mas tantos outros preferiram negar a saúde de sua visão.

Fomos enganados, roubados, violentados, tirados de insanos, comunistas, escória, catadores de xepa de osso do que um dia foi vida. Muitos sem nem isso, sem nem mais teto… famílias inteiras que se foram.

Viramos mortos vivos ligados no automático à imposta era digital. Muito louco, por sinal, porém importante também.

Para muitos, informação, a única ligação com o mundo porta afora, chegar ao vírus para que ele não chegue a si, pensar no coletivo e na solução, usando sempre o bom filtro da transparência e do bom senso.

Para outros, desinformação, fake news, propagação de uma falsa normalidade vendida em latas de caviar, embaladas à vácuo como picanha para a churrascada do agronegócio, que se arrepia só de ouvir falar em agricultura familiar. Sertanejos enriquecendo ainda mais com suas lives, e streamings bombando.

E, falando em digital, muito fácil invadir e desaparecer com a inteligência artificial. Não somos mais ninguém, pós pandemia. O de menos foram os hackers. Tiraram a nossa história de nós mesmos. Sistemas e máquinas invadidos, homens agindo como máquinas. O que o sistema não faz, o homem faz. Sem falar na educação enlatada. Mas, isso aí é muita história.

E, não podemos esquecer do social. Essa é uma das melhores partes e mais curiosas para quem também estuda a mente humana. Essa pandemia foi de deixar muito sociólogo, psicólogo e psiquiatra doido. Vi vários surtarem… 🤷🏼‍♀️ Outros, já são surtados mesmo, sem nem mencionar os que deveriam eles serem os pacientes.

As amizades, graças a Deus, entraram em um filtro, e, agora, é mais palpável buscar pela essência. Muitos ciclos se fecharam. Muitos se foram. Alguns em vida.

Mas, descobrimos em nós nós mesmos. Para muitos um susto. para outros, um alegre alento. Fico com o alento. Muito bom reafirmar quem somos. Só a vitalidade me faz falta. A serenidade. A confiança.

O pós pandemia tem sido ainda mais educativo. É quando vemos se, de fato, houve a mudança, ou se era apenas demagogia coletiva, como um surto.

O medo da morte faz até ateu virar crente, e crente clamar por orixá. Nunca sabemos.

E, assim foi, os que criticavam o isolamento, os que, infelizmente, perderam algum ente, de alguma forma, evoluíram. Há também os que a vida segue. Normal, né. Sem hipocrisia, sem remorso. 🤷🏼‍♀️
🤔

Dos que se isolaram, apontaram o dedo para os que descumpriram, mas na primeira brecha foram pra gandaia na surdina, gostaria de dizer que vocês não representam a esquerda, nem a ciência, nem a vida, nem o ser-humano. São piores do que os negacionistas.

Dos que logo após a pandemia, adotaram para a vida o seu “novo normal”, e seguem vivendo sua próprias vidas dentro do seus quadrados, não se assustem. Tá tudo bem. Vocês só são resguardados.

Nem tudo é egoísmo, mas cuidado para não ser. É preciso estar atento e forte.

Já os que cumpriram o isolamento, e após ela continuaram se cuidando, e cuidando dos demais, procuraram os que ainda seguem enfermos, não estão nunca sem tempo para ser o ombro de um amigo, mesmo que inúmeras vezes seja necessário, e abriram mais os olhos para o próximo e o que de fato importa, que é mais do que uma foto no Facebook, parabéns! Vocês aprenderam, e evoluíram.

Se tu ainda não estás bem 100%, se teu corpo não responde mais como respondia, se tua mente não funciona mais como funcionava, se tua vida não parece mais nem de longe com a que era vivida antes da pandemia, e tu ainda segues com o teu caráter e teus ideais firmes. Parabéns também. Os que agonizam, também lutam. 💪🏻

E, aqui estamos todos. Sobreviventes. Uns melhor, outros pior. Uns mais esperançosos e crentes no futuro e na justiça, outros acampando no quartel com celular na cabeça e chapéu de alumínio, enquanto outros fogem. Uns mais sãos, outros cada vez menos.

O fato é que o mundo se dividiu. O que já era distância, agora virou abismo.

Mas, o importante, é quem conseguiu chegar até aqui. Mesmo com marcas e feridas, elas vão cicatrizar. Mesmo que novas surjam, sabemos que vão sarar. O tempo endurece. O tempo caleja. O tempo fortalece (não tem romantismo nisso), mas, o tempo também machuca, fere, e até mesmo que ainda sangre, o que importa é que chegamos até aqui.

Se não tentaste te dares bem em cima de ninguém, parabéns. Se não tentaste dar nenhum jeitinho, carteirada, rachadinha, associação criminosa, nem nada do nipe, parabéns.

Tu és um ser-humano, e não fizeste nada demais. Se não pelo detalhe de que o mínimo se tornou raridade. Antes, era só demagogia, hoje, é um fato raro. Ser Humano se tornou raridade.

Parabéns por usares e tirares tua máscara com consciência.

Tempos de mais luta estão à caminho. Mas, tempos melhores. Tempos nos quais será possível palpar a cura, a vida, a dignidade, o respeito, a justiça, a lei do povo prevalecendo, paz e esperança no coração.

O povo precisa ser ouvido.

Ouvimos as promessas. Acreditamos nas promessas. Acreditamos no Supremo e em toda a escala da Justiça. É só o que aguardamos. A Justiça que nos fará respirar aliviados, e dará forças para seguirmos lutando.

Reparação histórica. O fim da ditadura. O fim da fome. O fim da escravidão. O fim da humilhação. O fim do fascismo. O fim do machismo. O fim do feminicídio. O fim do racismo. O fim do preconceito à cannabis. O fim da homofobia. O fim da xenofobia etc.

A volta da democracia. Da constitucionalização. Do progresso e da verdadeira ordem. O resgate da nossa bandeira. Do nosso povo. Da nossa identidade.

O Brasil é dos índios, hoje, dos brasileiros, mas são eles a origem da nossa terra. Falo pelo que corre nas minhas veias, e de muitos. Falo por todos nós. A terra que pisamos, pertence a quem a gerou.

O amor é o sentimento morto que falta à nação, ao mundo, e não se rege nação somente com o racional. A nação precisa voltar a ser vista como seres humanos, não mais estatísticas, nem números.

Desde 2002, quando fiz 18 anos, voto pela democracia. Nunca pestanejei. Hoje, com 38 anos, após tudo o que só eu sei o que passei nesse desgoverno, deixo aqui o meu apelo, com muita satisfação por sempre ter estado do lado certo.

A reparação histórica vem…

Fé, meu povo! 🙌🏻 Axé! ✨

Lula ⭐❤️

(Alessandra Capriles)

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