Sobre os interesses e as conquistas… (escrito em 03 de dezembro de 2012.)

Até que ponto as pessoas podem chegar para conquistar algo que almejam?

Será possível se deixarem usar para conquistar um objetivo material? Será possível uma pessoa não medir limites, a ponto de não se importar em prejudicar os outros? E, os que usam os que se submetem a isso para conquistar outros tipos de interesses?

Não consigo compreender, e nem acreditar fielmente nessa possibilidade. Não acredito que os valores materiais possam significar mais do que o valor do sentimento alheio.

Acredito que o universo seja mais conspirador a favor do que se projeta em empenhar-se para alcançar seus objetivos, sem interferências duvidosas.

O homem, por si, quando se concentra em seus anseios, e batalha por eles, possui concretas chances de êxito, sem que tenha que calcular os bem prováveis riscos que há nos meios não próprios.

Esse ciclo de interesses gera um novo ciclo: o das consequências. E, o caminho que se segue após é muito mais árduo do que o longo caminho ético.

Fala-se tanto em ética, e para que serve? A própria ética vai contra seu fundamento, e se contradiz quando abre precedentes contrários. Por que ela não é flexível aos anseios mais benevolentes do ser humano? Ou, será que nem todos estão dispostos a lutar com afinco para quebrar essas barreiras, e abrir mão das recompensas pouco humanas?

Tantos homens se dizem respeitados e nobres por suas posições, mas não medem suas atitudes para com os demais. “Ou fazes o que eu quero, ou não terás o que queres.” Não, não é aceitável moralmente um perfil desses para me dizer o que é correto, ou pregar palavras de respeito e amor ao próximo. Ou, vivemos em cima de um muro estreito equilibrados por uma mão cheia de poder e status, e a outra com nossos verdadeiros valores éticos, ou assumimos nossos desejos mais nobres, e abrimos mão do que nunca suprirá o gozo da real felicidade.

(Alessandra Capriles)

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