Vês quantos tons e nuances das mesmas cores formam a mesma paisagem?
Percebes, então, que jamais haverá uma mesma paisagem?
Bonito ver que tais cores se transformam com o tempo, a cada estação firmada .
O sol também não nasce no mesmo ângulo, nem reflete a mesma luz, ou projeta as mesmas sombras, porque nem as árvores permanecem as mesmas. Por mais que enraizadas ao solo, suas folhas e ramas primaverís sempre ganham uma última dança, ao suspiro do outono.
Nem as camadas de tinta dos mais firmes alicerces se mantêm. Portas e janelas abrem, fecham, rangem. O concreto também ganha vida em seu ponteiro.
Nem nós, a cada rotação e translação, permanecemos inertes às transformações do tempo, nem projetamos as mesmas ideias e opiniões, mesmo que na fração do piscar involuntário dos olhos, que também tem seu próprio relógio, marcas, rugas, risos e tanta beleza que pode haver em um olhar cronológico.
A diversidade e as metamorfoses coexistem e perduram a tudo. O respeito é atemporal, e a maior prova de amor próprio e a tudo o que coexiste.
A fala da natureza Divina é perfeita.
(Alessandra Capriles)