Sobre adultos e crianças. (Escrito em 28 de outubro de 2016.)

Penso que os adultos adoecem as crianças… e isso me preocupa, diretamente, pois creio também, em alguns momentos, pactuar com tal fato, com as minhas falhas humanas…

Quantas vezes não me questionei o quão boa mãe eu sou, ou o quanto eu busco ser… Tento encontrar fórmulas prontas em algum lugar que me sirva de inspiração, mas não encontro… É quando me lembro que, quando criança, o que eu mais queria era ver os meus pais felizes…

Quando eles brigavam, ou estavam tristes, eu não sentia raiva, ou julgava o quão bons ou maus eles eram… eu só pensava que queria vê-los sorrindo, como se já compreendesse que as emoções formam uma energia que contagia… Que as boas energias são o que interferem diretamente no meio e no humor das pessoas, de maneira que a harmonia predomine…

Sendo assim, será que a minha filha também só não busca ver as pessoas à sua volta felizes e vivendo em harmonia?

Pessoas felizes são mais seguras, e transmitem segurança… e as crianças só querem isso… bem como os adultos passam a vida buscando por tal amor e segurança em si… e nos outros…

Quando a minha filha recosta a cabeça no meu peito, e adormece, sinto a segurança e a paz que ela busca e encontra em mim… Ah, e como isso me contagia!

É quando aceito ser o quanto eu posso ser mãe, e esses sonhos embalados em meus braços são a minha melhor resposta…



(Alessandra Capriles)

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