A cruz de cada dia.

Hoje, é mais um dia para se refletir: o quão tementes a Deus somos?

Jesus Cristo é a verdadeira prova de humanidade a se seguir. Jesus Cristo não tem religião. Jesus Cristo foi um Homem, que, por suas atitudes, foi santificado. Mas, acima de tudo, um Homem.

Porém, devemos lembrar que, antes de ser santificado, foi perseguido e crucificado.

E, o que tal Homem fez de tão mal? Andou com pobres, e os ajudou. Andou com com enfermos, leprosos, lazarentos, e os curou. Andou com Madalena, e não a apedrejou. Foi crucificado com ladrões, e não os julgou.

Fez multiplicar o pão e o vinho, e o compartilhou. Corpo e sangue de Cristo.

Os peixes, igualmente, saltavam aos mares. Tornaram-se símbolo de identificação e comunhão por aqueles que uniam dois arcos, dando a forma de um peixe, para que assim se reconhecessem, e não fossem também perseguidos.

O que Jesus Cristo pregava era, justamente, a união. O que até hoje não é compreendido, e instituições se apropriam da guerra, para fomentar a desunião entre os povos. O que gera lucro, o que gera fome, o que gera mortes, o que gera mais lucro, o que gera poder.

Jesus Cristo não foi crucificado por nenhum barbarismo, nem pela ganância, por fomentar a busca por ouro, ou status.

Jesus Cristo foi crucificado por amar, por não julgar, por perdoar, por compartilhar, por acolher, por agregar, por carregar a sua própria cruz, por se sacrificar.

Jesus Cristo foi crucificado e santificado por sua Humanidade.

Mas, até hoje, Humanos são perseguidos por defenderem seus Direitos, e são vistos como afronta ao poder. Como algo separatista e institucional. Como símbolo de um templo só. Muito semelhante ao que se denomina “poder paralelo”.

Quem assim o vê, não entende nada sobre ele, nem sobre Deus, nem sobre Fé.

Como bem disse, na cruz, com fome e sede, sob pregos e espinhos:

“Eles não sabem o que fazem.”

Oferecendo em troca da dor o seu perdão.

Não somos Jesus Cristo, nem queremos. Ninguém quer ser perseguido, crucificado, sacrificado.

Queremos somente amar, sermos amados e respeitados. Cada um à sua maneira e seu credo. Sob a boa energia Divina. Sobre o mesmo chão, sob o mesmo céu.

(Alessandra Capriles)

Fotografia: Alessandra Capriles, em Santuário de Fátima, Portugal, Abril de 2015.

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