Sobre BBB.

Não assisto ao BBB, mas pelas notícias e fofocas sempre surge alguma informação importante.

Há algumas edições, percebo a maior preocupação na abordagem e análise comportamental, tanto dos participantes, quanto às reações do público a diversos aspectos.

Creio que mais do que sensacionalismo midiático, seja importante a reflexão sobre o preconceito, de maneira geral.

Em uma única edição, tivemos: violência ampla contra a mulher, machismo, racismo, capacitismo, homofobia, preconceito religioso, social, a normalização e impunidade quanto ao preconceito etc.

Nesta edição, pudemos observar a diversidade humana de todas as formas. Tivemos a abordagem de diversos transtornos, distúrbios, síndromes, como a Síndrome de Tourette do Cara de Sapato, e, agora, a Tricotilomania da Amanda, que está associada a um Transtorno Compulsivo Obsessivo.

E, quantos mais não devem portar algum transtorno, síndrome, ou distúrbio, mas a sociedade os torna invisíveis, ou repetem o comportamento antisocial e capacitista de “ah, mas nem parece”.

A sociedade patriarcal excludente nos educou assim. Todo dia, um novo darwinismo.

BBB, nem nada na vida, deve ser visto como parâmetro eliminatório, e, sim, fazer-nos refletir sobre a diversidade humana e a importância da inclusão.

Mulheres não são objetos, homossexuais não são doentes, negros não são menos gente, pobres também não, portadores de transtornos, síndromes e distúrbios não devem ser excluídos, nem estigmatizados, etarismo também não define ninguém, nem religião.

Nenhum ser-humano assim deve proceder com outro ser humano, independente de sua especificidade.

Diversidade social, racial, de gênero, sexual, funcional, etária etc é o que forma a identidade de cada ser-humano.

Respeitem! A vida não é um jogo de eliminação. Nem no próprio BBB, não é a vitória de um que torna os demais perdedores, ou menos merecedores.

Cada um trilha o seu caminho, e não é um prêmio que define as conquistas individuais de cada ser. A vitória não está em um jogo. Está na vida, na trajetória, no caráter e nas atitudes.

Um erro não define ninguém. A persistência no erro, o caráter e a normalização de sua ausência, sim.

(Alessandra Capriles)

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